Brasil, 10 de novembro de 2024
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Internacional

Maduro barra entrada de observadores internacionais na Venezuela

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Um avião saindo do Panamá com destino à Venezuela, que levaria ex-presidentes da América Latina para acompanhar as eleições de domingo, 28, no país, teve a decolagem desautorizada devido a um bloqueio do espaço aéreo, afirmou nesta sexta-feira, 26, o presidente panamenho José Raúl Mulino.

Na semana passada, a Venezuela baixou um decreto para fechar seu espaço aéreo, marítimo e terrestre a partir da meia-noite de sexta-feira. O governo de Nicolás Maduro, que busca o terceiro mandato, alega que a medida visa garantir a segurança do pleito.

Entre os passageiros a bordo do voo comercial operado pela Copa Airlines estavam os ex-presidentes Mireya Moscoso (Panamá), Vicente Fox (México), Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica) e Jorge Quiroga (Bolivia), além da ex-vice-presidente colombiana Marta Lucía Ramírez – todos membros da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Grupo IDEA), fórum que reúne ex-mandatários como os ex-presidentes brasileiro Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e argentino Mauricio Macri.

Segundo Mulino, a decolagem teria sido desautorizada por causa da presença do grupo. Uma segunda aeronave da mesma companhia aérea também teria tido a permissão de decolagem saindo do aeroporto internacional de Tocumen negada.

“Queríamos estar com vocês”, disse Moscoso aos passageiros na aeronave. “Dói na alma. Queremos uma Venezuela livre. (…) Vão votar e prestem atenção para que não roubem seu voto”, emendou, sob aplausos dos passageiros.

Na quarta-feira, o vice-presidente do Partido Socialista da Venezuela (PSUV) Diosdado Cabello já havia dito que expulsaria os ex-presidentes se eles pusessem os pés na Venezuela: “Não estão convidados. Se aparecerem no aeroporto, os expulsamos”, afirmou, chamando-os de “inimigos do país” e “fascistas”.

TSE do Brasil desistiu de acompanhar eleições

Também nesta semana, o ex-presidente argentino Alberto Fernández e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil desistiram de acompanhar presencialmente as eleições, alimentando receios sobre a lisura e transparência do processo eleitoral venezuelano.