Brasil, 22 de setembro de 2024
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Economia

Com críticas de Lula ao BC, dolár chega a R$ 5,65 e atinge maior patamar desde janeiro de 2022

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O dólar subiu 1,15% nesta segunda-feira (1º) e fechou a R$ 5,65, o patamar mais alto desde janeiro de 2022, quando a moeda chegou a ser negociada a R$ 5,70. A alta acumulada no ano é de 16,5%.

As críticas sobre o Banco Central (BC), que, no intuito de controlar a inflação e suas expectativas, manteve a taxa Selic inalterada em 10,5% na última reunião do Comitê de Política Monetária, contribuíram para a disprada do dólar.

Em entrevista ao jornal O Tempo, na semana passada, Lula afirmou que a Selic a 10,5% é irreal. Nesta segunda-feira (1º), à Rádio Princesa, o presidente voltou a criticar o BC. Ele afirmou que “quem quer o Banco Central autônomo é o mercado”.

Em resposta, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que ajustes fiscais baseados apenas em aumento de receita são ineficazes, podendo levar a menos investimentos, menor crescimento e inflação mais alta. Suas observações vieram após mencionar o impacto negativo das falas de Lula nos preços dos ativos. Campos Neto também destacou que a desconfiança nas contas públicas eleva os juros de longo prazo e as expectativas de inflação.

“A troca de farpas entre Lula e Campos Neto deteriorou o mercado, afetando negativamente o dólar, os juros futuros e as ações brasileiras, resultando em desempenho inferior ao de outros mercados emergentes”, afirma Luiz Bazzo, CEO do Transferbank.