Brasil, 22 de setembro de 2024
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Internacional

Brasil se recusa a assinar declaração final da conferência sobre Ucrânia na Suíça

Publicado em atualizado em 17/06/2024 às 09:35

O Brasil, junto com outros países, recusou-se a assinar a declaração final da conferência, por discordar das conclusões indicadas no documento.

Os países do BRICS que participaram da conferência sobre a Ucrânia na cidade suíça de Burgenstock, incluindo o Brasil, se recusaram a assinar o comunicado conjunto sobre os resultados das negociações, se depreende da lista de países que assinaram o comunicado.

Neste domingo (16), Dmitry Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, anunciou que o texto da declaração da cúpula sobre a Ucrânia estava pronto e que todas as posições de princípio de Kiev haviam sido levadas em consideração.

O documento foi assinado por 84 das mais de 100 nações e organizações participantes do evento, mas a África do Sul, Arábia Saudita, Armênia, Bahrein, Brasil, Emirados Árabes Unidos, Eslováquia, Índia, Indonésia, Líbia, México, Santa Sé, Suíça e a Tailândia não o assinaram.

Vladimir Putin, presidente da Rússia, apresentou na sexta-feira (14) novas propostas de paz para resolver o conflito na Ucrânia, que preveem o reconhecimento do status da Crimeia, das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, e das regiões de Kherson e Zaporozhie como russas, a consolidação do status da Ucrânia como país não alinhado e livre de armas nucleares, sua desmilitarização e desnazificação e ainda o cancelamento das sanções impostas à Rússia. O lado ucraniano rejeitou a iniciativa.

A conferência sobre a Ucrânia foi realizada neste sábado (15) e domingo (16), perto da cidade suíça de Lucerna, no resort de Burgenstock. Noventa e dois países, 55 chefes de Estado confirmaram sua participação, bem como oito organizações, incluindo a UE, o Conselho da Europa e a ONU. Joe Biden, Xi Jinping e Lula da Silva, presidentes dos EUA, da China e do Brasil, respetivamente, não compareceram à conferência.