Brasil, 27 de novembro de 2024
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Lula afirma que Juscelino Filho “tem o direito de provar que é inocente”

Publicado em atualizado em 14/06/2024 às 19:07

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (13) que ainda está considerando qual será a decisão tomada em relação ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil) , indiciado pela Polícia Federal (PF) por suspeitas que envolvem organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. 

De acordo com Lula, ele e o ministro têm uma reunião agendada para esta quinta-feira (13). Ele ressaltou que só após esse encontro será tomada uma decisão sobre a permanência de Juscelino Filho no cargo. Lula afirmou aos jornalistas que o acusado “tem direito de provar que é inocente”.

“Eu acho que o fato de o cara estar indiciado não significa que ele cometeu um erro. Significa que alguém está acusando, e a acusação foi aceita. Agora, é preciso que as pessoas provem que são inocentes”, afirmou Lula, em declarações reproduzidas pelo g1.

As declarações foram dadas em uma conversa com jornalistas em Genebra, na Suíça, onde o presidente chegou nesta quinta-feira para participar de uma conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O inquérito da PF investiga suspeitas de desvio de emendas parlamentares para pavimentação de ruas de Vitorino Freire, no interior do Maranhão, quando Juscelino ainda era deputado federal. É a primeira vez que um integrante do primeiro escalão do atual mandato de Lula é indiciado, o que aumentou a pressão, vinda do PT, pela demissão do ministro. Entretanto, uma substituição é considerada improvável por enquanto no Palácio do Planalto devido aos desafios enfrentados pelo governo no Congresso. Em uma declaração, o ministro negou irregularidades e apontou uma suposta “ação política” da corporação. 

A cidade maranhense é governada pela irmã de Juscelino, Luanna Rezende, que foi temporariamente afastada do cargo no ano passado, mas recuperou o mandato após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A emenda parlamentar investigada foi indicada quando Juscelino ainda era parlamentar, ou seja, antes de assumir o cargo no governo. O financiamento foi realizado por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) no Maranhão.