O presidente nacional do partido Solidariedade, Eurípedes Júnior, investigado pela Polícia Federal por suspeita de desvio de aproximadamente R$ 36 milhões dos fundos partidário e eleitoral, passou a ser considerado como foragido pela corporação. O dirigente do partido é alvo de um dos sete mandados de prisão cumpridos pela PF nesta quarta-feira (12) sobre o caso, mas ainda não foi localizado pelos agentes. O presidente do Solidariedade estava a caminho do aeroporto quando ficou sabendo da operação da Polícia Federal e decidiu fugir.
Além dos mandados de prisão, a Polícia Federal cumpre 45 mandados de busca e apreensão no DF, em Goiás e em São Paulo. Os alvos são dirigentes, ex-dirigentes e candidatos que concorreram a cargos pelo PROS (Partido Republicano da Ordem Social) nas eleições de 2018, antes de a sigla ser incorporada ao Solidariedade. A PF investiga, entre outras possíveis irregularidades, o uso de candidaturas laranja para receber dinheiro do fundo eleitoral.
Outros alvos da operação são a primeira tesoureira do Solidariedade, Cintia Lourenço da Silva; o primeiro secretário nacional do Solidariedade, Alessandro Souza da Silva; o secretário de Assuntos Parlamentares do Solidariedade, Felipe Antônio Espírito Santo; Fabrício George Gomes dos Santos; Bruno Aurélio Rodrigues da Silva Pena e Jarmisson Goncalves de Lima. Todos já foram presos, segundo apurou o R7 e a RECORD. A reportagem também tenta contato com as defesas.
Em nota enviada à reportagem, o Solidariedade informou que “esses são fatos ocorridos antes da incorporação do Pros ao Solidariedade”. “Não temos como responder sobre algo que aconteceu antes dessa junção”, afirmou o partido.