O governo do Rio Grande do Sul anunciou, nesta quinta-feira (16), que está planejando criar quatro “cidades provisórias” para atender as pessoas que ficaram desabrigadas após as enchentes. A informação foi repassada pelo vice-governador do estado, Gabriel Souza , em entrevista à emissora RBS.
Souza informou que Canoas, Guaíba, Porto Alegre e São Leopoldo devem receber as estruturas. Segundo o último boletim da Defesa Civil , 538.167 pessoas estão desalojadas (tiveram que sair de casa, mas estão com parentes ou amigos), enquanto outras 77.199 estão em abrigos .
“Temos pouco tempo para montar. Logo teremos o exaurimento de alguns locais. Na semana que vem vamos iniciar a contratação. Até amanhã (sexta) vamos ter o descritivo das estruturas temporárias necessárias. É mais rápido contratar um serviço de montagem dessas estruturas. É como se fosse uma estrutura de eventos com qualificação para albergar pessoas”, disse Souza.
Apesar da urgência, o vice-governador do Rio Grande do Sul reforçou que a gestão busca por “locais para a colocação rápida de estruturas provisórias com dignidade mínima”. “Teremos espaço para crianças e pets. Lavanderia coletiva. Cozinha comunitária. Dormitórios e banheiros. Isso nesse período em que as pessoas ainda necessitarão desse apoio”, detalhou.
O vice-governador ainda apontou o Porto Seco, em Porto Alegre, o Centro Olímpico Municipal, em Canoas, e o Parque de Eventos, em São Leopoldo, como possíveis lugares para instalar as “cidades provisórias”.
Na última quarta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou um pacote de medidas para ajudar os gaúchos . Uma das decisões do governo federal foi comprar casas e entregar às pessoas que perderam seus imóveis com as enchentes.
Na visita a um abrigo, o presidente garantiu que os desabrigados voltarão a ter uma vida digna, mas pediu um pouco mais de tempo para reconstruir o estado.