O governo federal anunciou, nesta quarta-feira (15), uma série de medidas para ajudar o Rio Grande do Sul , estado abalado pelos seguidos temporais deste mês. Em um abrigo na cidade de São Leopoldo, localizada a 40 km de Porto Alegre, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levou alguns de seus ministros para oficializar o pacote de auxílios.
Após dar um alívio para o governo estadual ao suspender a dívida do Rio Grande do Sul com a União por três anos , o presidente da República focou em “colocar o dinheiro na mão do povo”. Assim, foi anunciado um Pix no valor de R$ 5,1 mil para as pessoas afetadas, além da inclusão de 21 mil famílias no programa Bolsa Família.
O governo federal também anunciou medidas para quem ficou sem moradia após as enchentes. Segundo o ministro Rui Costa, da Casa Civil, os habitantes do Rio Grande do Sul que perderam suas casas adquiridas pelos planos 1 e 2 do Minha Casa, Minha Vida, terão seus lares de volta.
– Pagamento de R$ 5.100 via PIX para todas as famílias com residências afetadas diretamente na catástrofe;
– Liberação de saque calamidade do FGTS de até R$ 6.220;
– Inclusão de 21 mil famílias no Bolsa Família;
– Antecipação do pagamento do Bolsa Família para 17 de maio;
– 2 parcelas adicionais para quem recebe seguro-desemprego;
– Restituição do IR com antecedência para os contribuintes do RS;
– Abono salarial antecipado para maio para os trabalhadores habilitados, cujo estabelecimento empregador esteja nos municípios com reconhecimento federal de calamidade/emergência.
– Compra de imóveis para quem ficou sem casa, como limite de valor
máximo do imóvel, tendo avaliação realizada pela Caixa;
– Suspensão por seis meses das parcelas do Minha Casa, Minha Vida (MCMV);
– Aumento do tempo para usar o saldo do FGTS para pagar parcelas em atraso do MCMV: de 6 para 12 meses;
– Carência de 180 dias para os novos contratos do MCMV.
Presente na cerimônia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), também informou que se reunirá com representantes do BNDES para tratar sobre a retomada de empregos no Rio Grande do Sul.
“Nenhuma medida, isoladamente, vai resolver o problema que estamos enfrentando, que é monumental. Nós temos que ir acumulando, ao longo dos dias, os anúncios. Essa tarefa será longa. Teremos que atender cada empresa, cada município, para a reconstrução”, declarou.
“Amanhã, teremos uma reunião com os bancos, principalmente o BNDES, para garantir os empregos aos gaúchos. Vamos nos reunir com os prefeitos. Esse trabalho vai se estender até que tenhamos clareza de que tenhamos todas as ferramentas. Tudo de forma transparente e eficaz para reestabelecer o estado”, acrescentou Haddad.