Pela primeira vez desde o último dia 29, quando começaram as fortes chuvas no Rio Grande do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apontou falta de uma gestão mais eficiente em Porto Alegre (RS) para ajudar a capital gaúcha a ficar melhor preparada para enfrentar enchentes. No RS, mais de 2,1 milhões de pessoas tiveram algum problema por conta dos temporais e pelo menos 450 dos 497 municípios do estado sofreram consequências da tragédia. Atualmente, o prefeito da capital gaúcha é Sebastião Melo (MDB).
“Esse fenômeno que aconteceu me parece que não foi só o fenômeno da chuva, me parece que tem o fenômeno também das pessoas que não cuidaram das comportas que deveriam ter cuidado há muito tempo”, disse Lula durante reunião ministerial, em Brasília (DF), onde anunciou recursos do governo federal ao estado.
“Tudo isso é um problema a ser resolvido daqui para frente e nós vamos tentar apresentar a nossa contribuição ao povo do Rio Grande do Sul, inclusive apresentando uma discussão nacional para resolver definitivamente a questão das enchentes na cidade de Porto Alegre e na Região Metropolitana”.
No evento, o presidente também falou sobre arrecadação, triagem e distribuição de doações, dizendo que não há estrutura para se arrecadar tudo “na hora que as pessoas falam”. “A gente não tem estrutura para arrecadar tudo na hora que as pessoas falam. É coisa do exterior, é coisa de cada Estado , cada um que junta um monte de coisas de doação, acha que a gente tem estrutura de pegar na mesma hora, no mesmo dia e distribuir e tudo isso demanda uma infraestrutura, não apenas de recolhimento dessas coisas, de seleção e ver a necessidade para onde a gente vai mandar. Tudo isso demanda um tempo excepcional e muita mão de obra”.