O ex-presidente Lula abriu negociações com o PSD, comandada por Gilberto Kassab, para firmar aliança nas eleições de 2022.. As conversas estão bem adiantadas e pode, inclusive, envolver a filiação do ex-governador Geraldo Alckmin ao partido para ser vice na chapa do petista.
O PSD, para quem não sabe, é o partido de Henrique Meirelles, pré-candidato ao Senado por Goiás, que foi presidente do Banco Central nos dois governos de Lula.
Uma eventual aliança entre Lula e o PSD terá forçosamente repercussão em Goiás. No estado, o PSD caminha para uma aliança com o governador Ronaldo Caiado (DEM), tendo Meirelles na vaga majoritária para o Senado.
Ocorre que, como a tendência é haver a nacionalização política do pleito, Caiado fatalmente rejeitaria aliança com um partido que estiver no palanque de Lula, cujas posições ideológicas são frontalmente conflitantes com o governador goiano.
Logo, o PSD goiano ficaria fora da chapa de Caiado e complicaria a vida de Meirelles, que também não teria espaço na chapa de Gustavo do Mendanha, hoje com os dois pés já fincados no PL bolsonarista.
Em resumo: a aproximação em curso de Lula com o PSD é um desastre rematado para as pretensões políticas de Meirelles em Goiás.