Brasil, 24 de setembro de 2024
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Internacional

Venezuela rebate comunicado do Brasil sobre eleições no país: “Parece ditado pelos EUA”

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A Venezuela rebateu e classificou, nesta terça-feira (26), como “intervencionista” a preocupação manifestada por dois governos aliados do presidente Nicolás Maduro, Brasil e Colômbia, pelas restrições à inscrição de candidatos da oposição para as eleições presidenciais de 28 de julho.

O Ministério das Relações Exteriores “repudia o comunicado medíocre e intervencionista, redigido por funcionários da chancelaria brasileira, que parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”, segundo um comunicado divulgado pelo chanceler venezuelano, Yvan Gil, que anteriormente acusou o Ministério das Relações Exteriores colombiano de dar “um passo em falso” e cometer “um ato de grosseira ingerência”.

 governo brasileiro declarou, nesta terça-feira (26), que acompanha com “preocupação” o desenrolar do processo eleitoral na Venezuela depois que a coalizão opositora foi impedida de inscrever sua candidata.

“O governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país”, declarou, em nota, o Ministério das Relações Exteriores, que até agora havia se mantido à margem das críticas contra o pleito no país vizinho.

O prazo de inscrição dos candidatos para as eleições de 28 de julho terminou à meia-noite de segunda, sem que a Plataforma Unitária Democrática (PUD), principal força de oposição ao presidente Nicolás Maduro, tenha conseguido registrar sua postulante.

A oposição pretendia inscrever Corina Yoris, acadêmica de 80 anos, nomeada por María Corina Machado para representá-la.