A Polícia Civil cumpre 32 mandados de busca e apreensão na prefeitura de Goiânia e na residência de servidores municipais na manhã desta quarta-feira (20).
Trata-se de operação da Delegacia Estadual de Combate a Corrupção (Deccor) para investigar um suposto esquema de fraude em licitações e contratos, bem como modificação irregular de contratos, peculato, organização criminosa, corrupção ativa e passiva. Os crimes teriam começado em 2022.
A Polícia disse que as pastas envolvidas são a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), Secretaria Municipal de Administração (Semad) e Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma). Esclarece, ainda, que seriam dois núcleos:
Os envolvidos teriam se juntado para vencer licitações, por meio de pregão eletrônico, nas pastas citadas. Conforme a corporação, em cinco licitações foram verificadas fraudes. Nelas, os alvos teriam se unido para vencer os lotes de maior valor para superar os demais concorrentes com o chamado “mergulho de preço” – propostas inexequíveis, com valores baixos.
Além disso, dessas licitações suspeitas teriam ocorrido dez contratos aos investigados, somando mais de R$ 50 milhões. Estes seriam para o fornecimento de materiais para construção das obras de recapeamento da malha asfáltica executada pela prefeitura. Inclusive, conforme a Deccor, as empresas que venceram o pregão para fornecer emulsão asfáltica não tinham autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para comercializar o item.
Em nota, a gestão municipal informou que colabora com as investigações da Polícia Civil e está contribuindo com o acesso de equipes de policiais aos locais que estão sendo visitados para coleta de equipamentos ou documentos.
“A Prefeitura de Goiânia reúne informações sobre o objeto das investigações para prestar todos os esclarecimentos com transparência e reforça o seu compromisso com a transparência pública e acredita na elucidação dos fatos por parte das forças policiais de investigação.”