Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o de de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se encontrarão nesta terça-feira (19) com o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, e com o presidente do país, Isaac Herzog.
A reunião ocorre no contexto da crise diplomática entre o Brasil e a nação do Oriente Médio desencadeada pela declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que comparou a atuação israelense na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus pelo regime nazista de Adolf Hitler. Bolsonaristas, Tarcísio e Caiado fazem oposição ao governo Lula.
Nesta segunda-feira (18), Caiado e Tarcísio visitaram comunidades afetadas pelos ataques terroristas do Hamas, ocorridos no dia 7 de outubro do ano passado, em Israel. O atentado deixou 1,2 mil mortos, a maioria civis, e 134 israelenses seguem prisioneiros. Em solidariedade, os governadores abriram a agenda em Urim e Nir Oz, localidades que estão entre os principais pontos do massacre e ficam ao lado da Faixa de Gaza.
Os governadores viajaram a Israel inicialmente à convite da comunidade brasileira no país, como mostrou o Estadão. “Depois que o primeiro-ministro soube do acordo dos governadores para visitar Israel e à luz da importante relação entre Israel e o Brasil, os governadores foram convidados pessoalmente para uma série de reuniões com altos funcionários israelenses, incluindo o primeiro-ministro”, declarou a embaixada de Israel no Brasil.
A assessoria de Caiado divulgou a agenda dele na terça-feira (19). Além dos encontros com Netanyahu e Herzog, o governador goiano terá uma reunião no Ministério das Relações Exteriores. “Acabamos de chegar aqui no aeroporto de Tel Aviv, em Israel. Veja vocês, em cada uma dessas colunas, a foto dos israelenses que ainda estão sequestrados pelo grupo terrorista Hamas. Barbaridades que fizeram, nós vamos conhecer nos próximos dias”, disse o governador, em vídeo postado nas redes sociais.
Tanto Caiado quanto Tarcísio são cotados para sucederem a Bolsonaro na eleição de 2026. O ex-presidente também foi convidado por Netanyahu para visitar Israel, mas depende da autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que está com o passaporte retido devido à investigação sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil.