O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), prestou depoimento por mais de nove horas à Polícia Federal. O oficial já havia sido interrogado pelos investigadores outras seis vezes, sendo que em três delas havia ficado calado. Nesta segunda-feira, 11, o militar chegou às 15h para depor. Segundo o site g1, o interrogatório terminou à 00h15 desta terça, 12.
De acordo com fontes que acompanham a investigação, Cid apresentou novos esclarecimentos em relação às lacunas apontadas pela PF em seus depoimentos anteriores, confirmando o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaror e chefes militares em plano golpista para anular a eleição presidencial e abolir o Estado de Direito no Brasil.
Preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), acabou fazendo acordo de delação premiada com a PF e só então passou a responder as perguntas sobre seu envolvimento e do ex-presidente Bolsonaro em várias irregularidades: da tentativa de se apropriar de joias recebidas de presidente do regime da Arábia Saudita ao esquema para fomentar um golpe de Estado e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
O teor do interrogatório está sob sigilo.