Brasil, 14 de novembro de 2024
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Internacional

Agentina alega ‘falso turismo’ e adota medidas para barrar brasileiros no país

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Desde a ascensão do presidente Javier Milei, a Argentina tem adotado medidas mais rígidas em relação ao acesso de estrangeiros, gerando impactos significativos na comunidade brasileira que busca oportunidades educacionais no país vizinho. Após décadas de políticas de portas abertas, que incentivaram milhares de brasileiros a se estabelecerem na Argentina para frequentar universidades públicas gratuitas, agora há relatos crescentes de brasileiros sendo barrados nas fronteiras argentinas, informa o UOL.

De acordo com dados do Itamaraty de 2022, estima-se que aproximadamente 10 mil brasileiros residam na Argentina, dos quais muitos são estudantes universitários. No entanto, nos últimos dois meses, relatos de brasileiros que foram mandados de volta ao Brasil ao chegarem ao aeroporto de Buenos Aires têm se tornado mais frequentes, sob a alegação de serem “falsos turistas”.

O acordo bilateral entre Brasil e Argentina, em vigor desde 2004, permite que cidadãos de ambos os países desfrutem de um status especial, concedendo-lhes o direito de permanecer em solo estrangeiro por até 90 dias, com a possibilidade de prorrogação por mais 90 dias e a oportunidade de iniciar procedimentos para residência permanente, se desejado. Esse acordo tem sido fundamental para a mobilidade e integração dos residentes dos dois países. Além disso, o acordo do Mercosul, em vigor desde 2009, facilita a circulação e permanência de residentes de países como Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, permitindo a tramitação de residência provisória com vistas à residência permanente. No entanto, os recentes acontecimentos indicam uma mudança de postura por parte das autoridades argentinas, afetando diretamente os brasileiros que buscam oportunidades educacionais no país.