O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou inquietação a aliados diante das perspectivas de desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024.. A assessores do Planalto apresentaram uma análise detalhada de todas as medidas já implementadas, buscando melhorar os resultados econômicos em 2024.
No entanto, há debates em curso sobre a necessidade de ações adicionais, incluindo o uso de instrumentos parafiscais, caso as medidas em vigor se mostrem insuficientes, segundo reportagem da Folha de S. Paulo. As projeções dos economistas, conforme divulgado pelo Banco Central, apontam uma redução do crescimento do PIB para 1,59%, em comparação ao crescimento em torno de 3% no ano anterior.
Essas discussões ocorrem em um momento crucial, enquanto Lula se prepara para as eleições municipais deste ano, marcando seu retorno à presidência. O cenário eleitoral também servirá como um indicador da força eleitoral do PT, dois anos antes da corrida presidencial em 2026.
Apesar das preocupações, uma parcela do governo argumenta que o desempenho do PIB pode superar as previsões dos economistas, mantendo a tendência observada desde 2021, quando o crescimento efetivo superou as projeções do mercado financeiro.
Para lidar com a possível desaceleração, a ênfase do governo está na intensificação dos esforços para efetivar as medidas já anunciadas e acelerar sua implementação, visando garantir resultados mais robustos nos investimentos, que vêm apresentando declínio. A equipe de governo destaca a importância de “dar vida” a todas essas medidas para que produzam efeitos mais rápidos.
No conjunto de estratégias delineadas para impulsionar o PIB, destacam-se o impacto do pagamento de R$ 93 bilhões em precatórios no final do ano passado, destinando parte desse montante para estimular o consumo e, consequentemente, a atividade econômica em 2024. Além disso, os investimentos planejados pela Petrobras e o programa de empréstimos do BNDES para novos projetos estruturantes compõem as iniciativas prioritárias do governo. A busca por alternativas, como a criação da Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD) pelo BNDES, e a concessão de empréstimos com recursos do Fundo Clima também estão entre as medidas em análise.