Brasil, 28 de setembro de 2024
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Moraes diz que um dos planos dos golpistas era matá-lo e se livrar do corpo em Goiânia

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O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que a investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado revelou que um dos planos era prendê-lo e matá-lo em Goiânia.

Investigação sobre o 8 de janeiro encontrou três planos contra Moraes. “O primeiro previa que as Forças Especiais do Exército me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia”, disse o ministro em entrevista ao jornal O Globo.

O terceiro [plano], de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”, disse.

O ministro conta que, apesar dos exageros, já esperava algo parecido. “Não poderia esperar de golpistas criminosos que não tivessem pretendendo algo nesse sentido”, disse. “Nada disso ocorreu, então está tudo bem”.

Moraes considera que ações do STF foram fundamentais para evitar golpe. “Se não houvesse a demonstração clara e inequívoca de que o Supremo Tribunal Federal não iria admitir nenhum tipo de golpe […], poderíamos ter um efeito dominó que geraria caos no país.”

Ele considera que Lula (PT) acertou ao não decretar uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem). O ministro disse que a investigação mostrou que o plano dos campistas em frente aos quartéis era ir a Brasília, invadir o Congresso e ficar até que houvesse uma GLO para que o Exército fosse retirá-lo.

“Eles tentariam convencer o Exército a aderir ao golpe. O que mostra o acerto em não se decretar a GLO, porque isso poderia gerar uma confusão maior.”

Moraes refutou as críticas de que as penas aos condenados pelo 8/1 foram “excessivas”. “Se as penas máximas fossem aplicadas […], pegariam mais de 50 anos, mas pegaram 17 (no máximo). Se não quisessem ser condenados, não praticassem nenhum crime”.