Brasil, 29 de setembro de 2024
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Internacional

Na bênção de Natal, papa Francisco faz novo apelo pela paz e fim da guerra em Gaza

Publicado em atualizado em 26/12/2023 às 11:32

O papa Francisco usou sua bênção de Natal nesta segunda-feira (25) para fazer mais um apelo em defesa da paz no mundo, especialmente no Oriente Médio, palco de uma guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas que já deixou mais de 20 mil mortos.

Em sua mensagem “Urbi et Orbi” (“À cidade e ao mundo”), pronunciada para uma multidão de fiéis reunidos diante da Basílica de São Pedro, o líder da Igreja Católica disse que “o olhar e o coração dos cristãos estão voltados a Belém”, cidade da Cisjordânia identificada como local de nascimento de Cristo e onde, segundo o pontífice, “hoje reinam a dor e o silêncio”.

Durante o pronunciamento, o Papa afirmou que o mundo é palco de muitos “massacres de inocentes”, desde o “útero materno”, em referência à permissão ao aborto em diversos países, passando pelas “rotas dos desesperados em busca de esperança”, em aceno às crises migratórias no planeta, até “as vidas das crianças cuja infância é devastada pela guerra”, a quem ele definiu como “os pequenos Jesus de hoje”.

“Dizer ‘sim’ ao príncipe da paz significa dizer ‘não’ à guerra, a qualquer guerra, à própria lógica da guerra, uma viagem sem destino, derrota sem vencedores, loucura sem desculpas. Mas para dizer ‘não’ à guerra é preciso dizer ‘não’ às armas, porque se o homem, cujo coração é instável e ferido, tiver instrumentos de morte entre as mãos, cedo ou tarde ele os usará. 

E como se pode falar de paz se aumentam a produção e o comércio de armas?”, questionou Francisco.

Jorge Bergoglio ainda criticou a quantidade de dinheiro público destinado a armamentos e expressou solidariedade às populações de Israel e Palestina, especialmente às “comunidades cristãs de Gaza e de toda a Terra Santa”. Além disso, condenou o “execrável ataque” cometido pelo Hamas em 7 de outubro – sem citar o grupo nominalmente – e fez um novo apelo pela libertação de reféns.

Por outro lado, fez uma súplica pelo fim das “operações militares, com seu assustador rastro de vítimas civis inocentes”, e par