Em texto assinado, o colunusta do Diário da Manhã, Ulysse Aesse, assinala que a escolha de Gean Carvalho foi estratégica, destacando experiência política e profissional do novo comandante da comunicação do governo Caiado. Confira:
“Das mãos de um profissional competente para as de outro: é o que significa a nomeação do jornalista Gean Carvalho para a Secretaria Estadual de Comunicação, ocupando o lugar que foi de Tony Carlo Bezerra Coelho.
Houve, naturalmente, dentro do governo, uma preocupação com a necessidade de se fazer um preenchimento à altura para superar o vácuo instalado com a saída do ex-titular, depois do trabalho bem-sucedido – que pode, inclusive, ser atestado pela primeira pesquisa Serpes, encomendada pela Acieg, divulgada nesta semana. O governador aparece em 1º lugar, candidato a vencer a próxima eleição no 1º turno, mantendo a votação espetacular que recebeu em 2018 e comprovando, com tudo isso, que a sua gestão se desenvolveu, até agora, sem desgastes graças também à comunicação adequada.
O cargo – secretário de Comunicação – é um dos mais estratégicos para qualquer governante, em especial um que se prepara para buscar mais um mandato.
Gean Carvalho, além da experiência profissional e política, tem também formação que pode ser chamada de científica na área, ao atuar como produtor de pesquisas quantitativas e qualitativas e formulador das consequentes linhas de ação que a sua interpretação sugere.
Caiado não poderia perder tempo diante do prazo apertado para a data da eleição, pouco mais de oito meses, e agiu, chamando Gean Carvalho para a Secom.
Assuntos de governo, em especial nomeações de auxiliares do 1º escalão, nem sempre são unânimes quanto às escolhas adotadas. Sempre há arestas, internas ou não, a aparar. Parte desse serviço, é do chefe maior da equipe. Outra parcela, dos interlocutores mais conscientemente interessados no sucesso da gestão. E uma última responsabilidade, a cargo do próprio indicado.
Esse é um dos desafios colocados para o novo secretário, juntamente com a urgente recuperação do ritmo da divulgação dos atos da administração, provocada pelo interregno criado com a transição, e a manutenção dos fundamentos da política de comunicação adotada com êxito – repita-se mais uma vez: comprovado pela pesquisa Serpes – nesses últimos meses do mandato de Caiado.