Brasil, 29 de setembro de 2024
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PF e MP deflagram operação contra milícia no Rio de Janeiro

Publicado em atualizado em 19/12/2023 às 12:13

A Polícia Federal e o Ministério Público Estadual deflagraram na manhã desta segunda-feira (18) a operação Batismo, com objetivo de apurar a participação e a articulação política desempenhada por parlamentar estadual do Rio de Janeiro, em conjunto com sua assessora, em benefício de milícia privada, com atuação na Zona Oeste do Rio.

Por meio de mandado judicial, a deputada estaduial Lúcia Helena de Amaral Pinto (PSD), conhecida como Lucinha, suspeita de ser o braço político de uma das mais poderosas milícias fluminenses.

A ação é um desdobramento da operação Dinastia – deflagrada pela PF/RJ em agosto de 2022 – com o objetivo de desarticular organização criminosa formada por milicianos com atuação na Zona Oeste do Rio. 

Cerca de 40 policiais federais cumprem oito mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ/RJ), nos bairros de Campo de Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, todos na Zona Oeste, bem como em gabinete na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – ALERJ. Além dos mandados, a justiça determinou o afastamento imediato das funções legislativas, proibição de manter contatos com determinados agentes públicos e políticos, bem como proibição de frequentar a casa legislativa.

As investigações apontam a participação ativa d deputada estadual Lucinha e de sua assessora na organização criminosa, especialmente na articulação política junto aos órgãos públicos visando atender os interesses do grupo miliciano, investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, além de extorsão e corrupção.

O trabalho foi desenvolvido pelo Grupo de Investigações Sensíveis da PF (GISE/RJ) e pela Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/PF/RJ) em conjunto com Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Procuradoria Geral de Justiça – PGJ.

O nome da operação está associado à alcunha “MADRINHA”, maneira como lideranças do grupo criminoso autointitulam a parlamentar.