O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Jair Bolsonaro (PL) deponha pessoalmente à Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal nesta sexta-feira, 28, às 14 horas, sobre suspeita de vazamento de documentos sigilosos de uma investigação da Polícia Federal (PF), informou o jornal O Globo.
Moraes respondeu a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que Bolsonaro não comparecesse ao depoimento, cujo vencsria nesra sexta. Apesar de Bolsonaro, através da AGU, ter a prerrogativa de escolher data, horário e local para o interrogatório, ele apenas apresentou, na véspera do fim do prazo, um pedido de dispensa, motivando o ministro a negar o pedido.
O inquérito, aberto pelo STF e cujo relator é Alexandre de Moraes, apura possível vazamento de documentos sigilosos de uma investigação da PF a respeito de ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os documentos foram divulgados por Bolsonaro nas redes sociais durante transmissão ao vivo em julho do ano passado. Ele utilizou-se da investigação para questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas.
Bolsonaro mostrou documentos de uma investigação da PF sobre ataque ao TSE, mas que não tinha nenhuma relação com as urnas eletrônicas. Além de Bolsonaro, o deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR), que participou da transmissão, também é investigado. Barros é o olavista que Bolsonaro quer lançar ao governo do Paraná. O depoimento de Bolsonaro é uma das últimas etapas para a PF concluir a investigação.