Brasil, 29 de setembro de 2024
Siga Nossas Redes
Brasil 24 Horas

Descontente com alguns setores do governo, Lula sinaliza reforma ministerial

Publicado em atualizado em 08/12/2023 às 21:59

O presidente Lula deve proveitar a saída de Flávio Dino da pasta da Justiça para fazer uma reforma ministerial. Ele já iniciou conversas com aliados e sinaliza mudanças inclusive na Petrobrás, cujo presidente, Jean Paul Prates, está desgastado e em rota de colisão com o Palácio do Planalto.

O ponto mais destacado da provável reforma é a saída do ex-governador do Maranhão, Flávio Dino, que deve ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Sua indicação foi feita pelo próprio presidente Lula. Ele será sabatinado pela CCJ do Senado em 13 de dezembro. Caso seja aprovado pelos senadores, o ex-governador do Maranhão tomará posse no STF em fevereiro do ano que vem.

Quem é considerado como certo para deixar o cargo é o ministro Juscelino Filho. Ele atualmente comanda o Ministério da Comunicação. Desde que assumiu a função, Juscelino se envolveu em muitas polêmicas, inclusive com acusação de corrupção.

Outra mudança significativa seria a possível substituição de Jean Paul Prates na presidência da Petrobras, que Lula irronizou de ter a “mente fértil”, por Rui Costa, atualmente na Casa Civil, que tem enfrentado críticas por sua dificuldade em articular com o Congresso Nacional.

Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, corre o risco de demissão, e Márcio França, atualmente no Ministério das Micro e Pequenas Empresas, é cogitado para assumir esse posto.

A reforma também envolveria nomes como Nísia Trindade, Wellington Dias e Silvio Almeida, que foram mencionados na lista de exoneração. Contudo, as chances de serem retirados de seus ministérios são consideradas pequenas.

A decisão de Lula de realizar uma reforma ministerial seria motivada pelo desconforto com falta de articulação política e o fraco desempenho de alguns ministros. A intenção é negociar com os partidos aliados, buscando fortalecer ainda mais a base governista no Congresso Nacional.

A reforma é vista como uma estratégia para alinhar o governo às prioridades do presidente e consolidar o apoio político necessário para a implementação de suas políticas e projetos.