Os argentinos vão às urnas neste domingo (19) para escolher o novo presidente no segundo turno na eleição mais acirrada e polarizada do país. O clima de enorme incerteza e desconfiança.
“Até que me provem o contrário, não confio em nenhum dos dois candidatos”, diz o Roberto, veterano da Guerra das Malvinas, que marcou a história da Argentina nos anos 1980.
“Amanhã teremos o triunfo do menos pior. Como acontece muitas vezes na política, vai ganhar a opção por descarte”, resume o analista político Carlos Fara.
O ministro da economia, Sergio Massa, candidato da coalizão governista ‘União Pela Pátria’, está na política há décadas e diz que vai resolver os problemas econômicos na presidência.
E o deputado ultraliberal e direitista Javier Milei, do ‘A Liberdade Avança’, defende o fechamento do banco central e a troca do peso argentino pelo dólar. Ambos tentam superar a rejeição, que beira os 50% do eleitorado.
Desde sexta-feira (17), está proibido fazer campanha. Também na sexta, Javier Milei foi ao tradicional Teatro Colón para assistir a uma ópera e acabou causando uma grande confusão. Enquanto parte da plateia aplaudiu o candidato ultraliberal, outra parte gritou palavras de ordem, chamando Milei de lixo e de representante da ditadura.
Sergio Massa passou o dia no ministério em reuniões com técnicos e prefeitos do interior. O candidato vem sendo criticado pela inflação que passa de 140% em 12 meses. As pesquisas apontam um empate técnico entre os dois candidatos, numa das disputas mais acirradas em 40 anos.