Brasil, 30 de setembro de 2024
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Cid diz na delação que Michelle e Eduardo incitavam Bolsonaro a dar golpe de estado

Publicado em atualizado em 12/11/2023 às 14:24

A ex-primeira-dama Michelle e um dos filhos do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), faziam parte de um grupo de conselheiros radicais que não aceitava de forma alguma o resultado das eleições do ano passado e incitava o então presidente da República Jair Bolsonaro (PL) a dar um golpe de Estado.

O relato consta da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, a pessoa que passou seus quatro anos de mandato mais próxima do ex-presidente. O grupo, segundo Cid, dizia que Bolsonaro tinha apoio da população e dos atiradores esportivos, conhecidos como CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), para uma tentativa de golpe.

Cid conta ainda que, no lado oposto do irmão e da esposa do pai, o senador Flávio Bolsonaro (PL) fazia parte de um grupo moderado composto pela ala política do governo que tentava convencer Bolsonaro a se pronunciar publicamente sobre o resultado da eleição para pedir que os manifestantes golpistas deixassem as ruas e voltassem para suas casas.

O ex-ajudante de ordens contou também que Bolsonaro não queria desmobilizar os manifestantes golpistas que estavam acampados na porta dos quartéis. Ele acreditava que seria encontrado algum indício de fraude nas urnas, e que isso anularia o resultado das eleições. Nunca foi encontrada nenhuma prova de fraudes.