Brasil, 30 de setembro de 2024
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Internacional

Egito recebe novo grupo de refugiados de Gaza, mas brasileiros não foram incluídos

Publicado em atualizado em 08/11/2023 às 11:05

Nesta terça-feira (7), o governo egípcio retomou a divulgação de uma lista de cidadãos estrangeiros e com dupla nacionalidade autorizados a deixar a Faixa de Gaza, informa a Folha de S. Paulo. Esse território é controlado pelo grupo palestino Hamas e tem sido alvo de ataques de Israel há um mês.

A nova rodada de autorizações inclui cidadãos de diversos países, como Alemanha (159), Romênia (104), Ucrânia (102), Canadá (80), França (61), Moldova (51), Filipinas (46) e Reino Unido (2). O Brasil, que tem 34 pessoas aguardando para sair da Faixa de Gaza, não foi incluído mais uma vez, de acordo com o embaixador Alessandro Candeas.

Na sexta-feira (3), o chanceler israelense, Eli Cohen, havia informado ao seu colega brasileiro, Mauro Vieira, que todos os nacionais deveriam deixar Gaza até quarta-feira (8). Entretanto, no dia seguinte, a passagem de Rafah, que liga Gaza ao Egito, foi fechada pelos egípcios. Isso aconteceu em decorrência do ataque de Israel a um comboio de ambulâncias que saía de um hospital na capital de Gaza, transportando os feridos mais graves dos bombardeios de Tel Aviv contra o Hamas. Israel alegou que havia informações de inteligência indicando a presença de terroristas nas ambulâncias, embora esse tipo de ataque seja condenado pelo direito humanitário internacional. O Hamas afirma que civis morreram na ação.

Para deixar Gaza, é necessário a autorização do Egito, a aprovação de Israel, que deseja monitorar a saída de potenciais terroristas, bem como a concordância dos EUA e do Qatar. Esse processo é complexo e tem gerado questionamentos no Brasil, especialmente pela boa relação do país com todas as partes envolvidas. Além das dificuldades logísticas, existe a frustração de 34 pessoas divididas entre Rafah e a cidade de Khan Yunis, localizada a 10 km da fronteira, devido aos bombardeios diários na região. Embora o foco da guerra esteja no norte da Faixa de Gaza, que está sob cerco terrestre israelense. Além disso, o Itamaraty já repatriou 1.410 brasileiros e 3 bolivianos de Israel, juntamente com 32 brasileiros que moravam na Cisjordânia, onde a violência está aumentando.