Brasil, 01 de outubro de 2024
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Ailton Krenak é o primeiro índigena a fazer parte da Academia Brasileira de Letras

Publicado em atualizado em 07/10/2023 às 21:21

Ailton Krenak é o primeiro indígena a integrar a Academia Brasileira de Legtras (ABL). Ele foi eleito em votação histórica para a cadeira númeto 5, que era ocupada pelo historiador José Murilo de Carvalho, morto em agosto de 2023.

Poeta e filósofo da floresta, ele é reconhecido como um dos maiores intelectuais do país. Indígena da etnia Krenak, ele foi perguntado em entrevista ao jiornalista Pedro Bial sobre o significado da palavra Krenak. “Cabeça terra, no sentido que nós somos terra”, respondeu o intelectual. 

Ailton Alves Lacerda Krenak nasceu em Itabirinha, em Minas Gerais, na região do Vale do Rio Doce. Saiu dali ainda adolescente para morar no Paraná, onde se tornou produtor gráfico e jornalista. Foi um jovem militante. Nos anos 1970, participou da criação da União das Nações Indígenas, primeiro movimento de expressão nacional, que enfrentou resistência da ditadura militar. 

Ele teve papel decisivo na Assembleia Constituinte, e protagonizou um dos momentos mais emocionantes, quando subiu à tribuna para defender o direito à terra e o respeito às populações indígenas.

Krenak criou um centro de estudos indígenas e com frequência é convidado para dar palestras dentro e fora do Brasil. Recebeu os títulos de doutor honoris causa das universidades de Brasília e de Juiz de Fora.

Autor dos livros Ideias Para Adiar o Fim do Mundo, A Vida Não é Útil e Futuro Ancestral, lançados pela Companhia das Letras, Krenak é filósofo, escritor e ambientalista engajado em mostrar novos jeitos de viver – que poderiam ajudar a garantir o futuro da humanidade.