As quedas de energia verificadas nos últimos dias em Goiás foram tema de reunião entre o governador Ronaldo Caiado e o presidente da Equatorial no estado, Lener Jayme. Encontro foi nesta quinta-feira, 28, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia.
“Precisamos de respostas e soluções reais. Não esperamos uma vara de condão para resolver magicamente todos os problemas, mas queremos investimentos, planejamento diante de mudanças climáticas, transparência e melhor comunicação com os goianos”, cobrou Caiado.
Lener justificou a onda de calor como um dos principais problemas, que sobrecarregou sistemas de distribuição do Brasil inteiro. Segundo ele, a direção do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) determinou, por exemplo, na tarde de ontem a interrupção da energia em subestações da região sudeste de Goiás para reduzir o impacto de sobrecargas.
Caiado aproveitou para ressaltar a necessidade de preparação para o período chuvoso: “São questões sazonais que exigem ações preventivas. O sistema deve ser reforçado para evitar danos maiores”. Embora a fiscalização do serviço seja atribuição do Governo Federal, por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o governador tem repetido que vai acompanhar de perto soluções para o problema.
A empresa assumiu a concessão da distribuição de energia elétrica em Goiás em dezembro de 2022, após venda da Enel. Em nove meses de trabalho, segundo o presidente, foram investidos mais de R$ 1,3 bilhão. “O cenário mostra que, apesar dos esforços, ainda é necessário avançar para responder ao que a população espera. Não podemos viver mais sob essa angústia que já vivemos durante anos com a empresa anterior”, complementou o governador.
O secretário geral da governadoria, Adriano da Rocha Lima, o presidente do Procon Goiás, Levy Rafael Cornélio, e o secretário de comunicação, Gean Carvalho, também participaram da audiência.
Notificação
O governador Ronaldo Caiado informou, durante a reunião, que o Procon Goiás será firme no monitoramento da prestação do serviço. Foram registradas, entre 1º de agosto e 28 de setembro deste ano, 257 denúncias de consumidores contra a empresa. O principal problema apontado é justamente a interrupção no fornecimento de energia.