Ao conceder, no sábado (9), a liberdade provisória ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ainda o afastamento do militar das suas funções. O Exército informou por meio de nota neste domingo (10) que Cid, que estava trabalhando no Comando de Operações Terrestres antes de ser preso em maio, ficará sem ocupar cargo e exercer função.
“O Tenente-Coronel Mauro César Barbosa Cid ficará agregado ao Departamento-Geral do Pessoal (DGP) sem ocupar cargo e exercer função”, diz a nota do Exército.
Após a decisão de Moraes, Cid foi solto, deixando o Batalhão de Polícia do Exército de Brasília na tarde do sábado. Com o acordo de delação homologado, o ex-ajudante de ordens pode entregar elementos importantes que implicam Jair Bolsonaro. A delação de Mauro Cid é de suma importância para diversas investigações em curso. Entre os assuntos que poderiam ser expostos está o polêmico caso das joias árabes que deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio da União, mas que foram revendidas nos Estados Unidos.