Quando Lula foi preso e Dilma foi destituída do cargo de presidente da República, imaginava-se que o PT de Goiás seria reduzido a pó. Além das denúncias de corrupção, o partido ainda era crucificado pelo desastre que foi a gestão do ex-prefeito de Goiânia Paulo Garcia e por suspeitas de desvio de dinheiro público na Comurg e na Secretaria de Educação.
O prenúncio de extinção ficou ainda mais claro quando o candidato apoiado por Antônio Gomide (a maior aposta do PT) sofreu uma derrota fragorosa em Anápolis e dois de seus deputados estaduais pularam do barco.
Mas a turma da estrela vermelha sobreviveu. Em boa medida, graças ao deputado federal Rubens Otoni (que firmou raízes sólidas nos municípios que representa) e à deputada estadual Adriana Accorsi, que de certo modo dá leveza às teses ásperas do partido.
O PT enxerga na candidatura presidencial de Lula a chance de voltar aos anos de glória, em que chegou a ter seis deputados estaduais e dois federais em Goiás.
E, para garantir que isso ocorra, o petismo tenta confundir o eleitor ao afirmar que Lula foi absolvido; quando, na verdade, o que aconteceu foi uma falha processual que gerou nulidade das decisões tomadas pela Lava Jato em Brasília.
Empolgados, os goianos do PT já falam em eleger quatro estaduais. A velha guarda (como Luis Cesar Bueno e Mauro Rubem) prepara-se para por bloco na rua, com o reforço de Adriana Accorsi e Kátia Maria.
Chance melhor do que essa não surgirá tão cedo.