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Gayer emprega sócia em seu gabinete na Câmara dos Deputados
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Um dos integrantesda bancada bolsonarista na Câmara, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) empregou em seu gabinete a própria sócia na escola de idiomas You Get It (Gayer e Gayer Idiomas Ltda), Letícia Bruno de Araújo.A informação foi publicada no site O Antagonista nesta quinta-feira (18).
Apesar de compartilharem o último sobrenome, o parlamentar nega que sejam parentes ou qualquer irregularidade na nomeação. Letícia está nomeada como secretária parlamentar SP16, desde 03 de fevereiro deste ano, e recebe 6,1 mil reais de remuneração líquida e mais 3,1 mil reais de auxílios.
Segundo a plataforma de Divulgação de Candidaturas e Contas do site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Letícia trabalhou como coordenadora na campanha de Gayer e recebeu 4,5 mil reais. Ela doou 10,00 reais para a campanha de seu sócio.
Além da escola de idiomas, o parlamentar também aparece como sócio-administrador em mais duas empresas: a Gayer Comunicação Ltda e a Academia Gayer. A Constituição Federal, art. 54, veda que os parlamentares, desde a diplomação, exerçam outro cargo, emprego ou função pública, especificamente, em pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público.
Procurado, o deputado disse que segue os parâmetros Constitucionais, “em especial o que preceitua o art. 54 e seguintes da Constituição. Minhas empresas não mantém nenhum contrato com o setor público ou qualquer favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público”.
Por nota, Gayer disse não ter nenhum parentesco com Letícia, mas, fora de sua família, é a pessoa em quem mais confia.
“É meu braço direito há 17 anos. E foi como forma de retribuir o excelente trabalho que ela sempre prestou que eu dei a ela, um tempo depois de abrir a empresa, 5% da minha escola. Então sim, ela me ajudou na minha campanha e sim, ela trabalha comigo no meu gabinete. Inclusive, atualmente, ela é quem chefia e cuida do meu escritório político em Goiânia”, disse.
A servidora, também por meio de nota, explicou que trabalha com o Gayer desde 2006 e, quando ele abriu a escola, em 2013, a convidou para trabalhar com ele. “Nossa relação é muito profissional e mais que isso, Gustavo e toda a família dele, esposa, filhos, são todos como se fossem parte da minha família também.”, disse.
