O deputado federal Ismael Alexandrino (PSD) demonstra preocupação com andamento da operação da Polícia Civil que investiga contratos durante sua gestão como secretário de Saúde de Goiás.
A Operação Sinusal apura fraudes na contratação da empresa Amme Saúde por meio de uma Organização Social (OS). A polícia chegou a prender Daniel Alexandrino, irmão do deputado. De acordo com a investigação, Daniel seria o verdadeiro dono da Amme (registrada em nome de laranjas).
Durante bate-papo com jornalistas de Anápolis, Alexandrino tentou desqualificar a operação policial. Disse que é vítima de retaliação política, mas não apresentou provas a respeito. A declaração do deputado repercutiu mal na Segurança Pública.
Há rumores de que Alexandrino, alvo de mandado de busca e apreensão no curso da operação, passe a ser o foco principal de uma eventual nova etapa da Operação Sinusal, o que poderia levá-lo à cadeia junto com o irmão. A cassação do mandato do parlamentar também é apontada como uma hipótese a ser considerada.
De acordo com fontes da Polícia Civil, com as provas reunidas na primeira etapa da investigação, cresceram os indícios de suposto favorecimento de Alexandrino e familares com dinheiro público.
Em 2021, Alexandrino foi alvo de outra operação policial, dessa vez a cargo da Polícia Civil do Distrito Federal, que cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência dele em Goiânia. O mandado fez parte da operação Medusa, que investiga contratações superfaturadas de empresas de radiologia e imagem pelo Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), que administra o Hospital de Base de Brasília (HB-DF). Alexandrino foi diretor do hospital.