Uma operação do Ministério do Trabalho resgatou oito trabalhadores em condição análoga à escravidão de uma fazenda de bambu em Goiás.
As vítimas trabalhavam na extração de varas de bambu na cidade de Nova Glória. A fiscalização encontrou os trabalhadores em condições subumanas.
Os alojamentos não tinham camas, roupas de cama, armários individuais nem locais adequados para o preparo de refeições. Os trabalhadores estavam a meses sem receber salário e sobreviviam com pequenas quantias de R$ 10 a R$ 50.
Nenhum trabalhador da fazenda era registrado. No local de trabalho, não havia espaço para refeições nem banheiro.
O empregador foi preso pela Polícia Federal. Além de submeter funcionários a trabalho análogo ao de escravo, há evidências de que o homem cometeu crimes de aliciamento, retenção indevida de salário e tráfico de pessoas.
Ele se recusou a pagar a rescisão contratual, incluindo o salário de todo o período trabalhado, e passagens para que os trabalhadores voltassem aos seus estados de origem.
A operação do MTE foi feita em conjunto com a Polícia Federal e MPT entre os dias 8 e 10 de maio.
Denúncias de trabalho análogo ao de escravo podem ser feitas, de forma anônima, pelo Sistema Ipê.
Desde 1º de maio, pelo menos 33 trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão em operações do MTE.