A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), emitiu uma nota neste sábado (29) repudiando o tratamento dado à Samantha Vitena, mestranda em Bioética da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (órgão vinculado à Fiocruz), expulsa de um voo da Gol na madrugada deste sábado. A instituição afirmou que Vitena foi vítima de racismo durante a abordagem da tripulação e dos agentes da Polícia Federal que a retiraram da aeronave.
Conforme relato da jornalista que divulgou o vídeo na internet no momento do desabafo de Samantha dentro da aeronave, a mestranda foi retirada do voo 1575 da Gol porque a aeronave estava cheia e não havia espaço para a mochila dela. Os funcionários da companhia aérea pediram que ela despachasse a bagagem e ela se recusou porque o computador estava na mochila. Mesmo depois de uma outra passageira conseguir espaço para a bagagem, três policiais federais apareceram e solicitaram que ela se retirasse da aeronave, sob a ameaça de algemá-la.
A passageira, uma mulher negra, foi tratada de forma inadequada e desrespeitosa, o que demonstra um comportamento racista por parte dos envolvidos na situação. A Fiocruz ainda se solidarizou com a mestranda e afirmou que continuará lutando contra qualquer tipo de discriminação, seja ela racial, social ou de gênero.
A Gol afirmou no primeiro momento que a tripulação insistiu para que a mulher despachasse a bagagem por razões de “segurança operacional”, mas depois mudou a versão, lamentou o fato, repudia o racismo e disse que está apurado os fatos.