A Prefeitura de Goiânia vai sofrer uma queda na nota atribuída pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), por meio da análise de Capacidade de Pagamento (Capag), que apura a situação fiscal de estados e municípios. Depois de atingir o nível máximo em abril de 2021, com os resultados apresentados ao fim da gestão do ex-prefeito Iris Rezende (MDB), gastos assumidos no primeiro ano da gestão de Rogério Cruz (Republicanos) levam o município da nota A para B. A informação foi publicada pelo jornalista Rubens Salomão, no Porta Sagres 730.
O resultado ainda será confirmado oficialmente pela STN e só terá validade para a partir de 2023, mas foi antecipado pelo próprio secretário municipal de Finanças, Geraldo Lourenço. A nota de Capag é baseada em cálculos referentes a três indicadores: endividamento, poupança corrente e índice de liquidez. O secretário informou ao Diário de Goiás que despesas extras de R$ 263 milhões em 2021 provocaram aumento no saldo da poupança corrente, que subiu para 91,61%. O resulto fica 1,61 ponto percentual acima do que é determinado para manter a nota mais alta.
As despesas extras no ano passado estão divididas em: R$ 70,8 milhões para a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), como subsídio para as empresas do transporte coletivo; R$ 5,5 milhões de subvenção para o transporte; R$ 157,7 milhões em gastos causados pela pandemia de Covid-19; e R$ 29,5 milhões para custeio do programa Renda Família. Além disso, o município deixou de arrecadar R$ 2,02 milhões por conta do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) Social, que isenta famílias de baixa renda como forma de amenizar o impacto socioeconômico da pandemia.