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Saldo de 100 dias de governo: Lula cumpre 1 3 das 36 promessas de campanha

Publicado em atualizado em 11/04/2023 às 08:23

governo Lula cumpriu 1/3 das promessas de campanha nestes 1 00 primeiros dias à frente do Brasil . Foram feitos 36 compromissos e 13 foram plenamente cumpridos. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) completa 100 dias de mandato nesta segunda-feira (10). Em artigo para o jornal “Correio Braziliense”,  ele ressalta a “reconstrução e união”para governar “dois Brasis, o Brasil de quem votou em mim e o Brasil de quem votou em outro candidato”. O presidente lembrou ainda que a marca de cem dias ainda é curta, se comparada aos quatro anos que terá no Planalto.

Nos 1.360 dias que temos pela frente, seguiremos firmes na reconstrução de um país mais desenvolvido, justo e soberano, com paz, harmonia e oportunidades para todos. O Brasil voltou.”

Veja as promessas cumpridas:

  • Recriação do Ministério da Previdência Social – Em janeiro, a Medida Provisória 1.154, de 1.1.2023, recriou o Ministério da Previdência Social, que havia sido extinto pela Medida Provisória 870/19 e se encontrava atualmente absorvido pelo Ministério do Trabalho e da Previdência, por obra da lei 14.261/21.

A promessa foi feita durante atos de campanha de Lula, em setembro de 2022.

  • Criação do Ministério dos Povos Originários – instituído no dia 11 de janeiro de 2023 e é comandado pela ativista Sônia Guajajara. A pasta tem como objetivo garantir aos indígenas acesso à educação e a saúde, demarcar terras indígenas e, combater o genocídio deste povo.

Promessa feita em setembro de 2022.

“Quero dizer aos pescadores que nós vamos recriar o Ministério da Pesca, porque é uma vergonha um país que tem oito mil quilômetros de costa marítima, que tem 12% de água doce do mundo, a pesca estar ligada ao Ministério da Agricultura”, disse Lula durante campanha.

Promessa feita em setembro de 2022.

  • Recriação do Ministério da Cultura – Extinto na gestão de Jair Bolsonaro (PL), Lula recriou a pasta, que é comandada pela cantora Margareth Menezes.

“Vamos recriar o Ministério da Cultura e implantar um Sistema Nacional de Cultura para articular comitês estaduais de cultura”, afirmou Lula.

Promessa feita em outubro de 2022.

  • Retorno do Bolsa Família – programa de assistência social que garante pagamento mínimo de R$ 600 por família, mais um adicional de R$ 150 por cada criança de até 6 anos.

Promessa feita em outubro de 2022.

  • Manter e ampliar cotas raciais – Lula assinou no dia 21 de janeiro um decreto que estabelece cota para pessoas negras em, no mínimo, 30% dos cargos comissionados e de confiança no governo federal.

“Asseguraremos a continuidade das políticas de cotas sociais e raciais na educação superior e nos concursos públicos federais, bem como sua ampliação para outras políticas públicas”, prometeu Lula

Promessa feita em outubro de 2022.

  • Aumentar verba da merenda escolar – Em março deste ano, o governo anunciou o aumento dos valores per capita do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para todas as etapas e modalidades da educação básica. O reajuste varia de 28% a 39% e entrou em vigor ainda em março.

Promessa feita em outubro de 2022.

  • Não privatizar o Banco do Brasil – ” Quero dizer que o Banco do Brasil não vai ser privatizado, assim como a Caixa Econômica e o BNDES, o BNB e o Basa voltarão ser bancos de investimento, inclusive para pequenos e médios empreendedores”, assegurou Lula.

Promessa feita para aliados em 2022.

  • Não privatizar os Correios – “Opomo-nos à privatização dos Correios, uma empresa com importante função social, logística e capilaridade em todo o território nacional”, disse Lula.

Em 2 de janeiro, o presidente determinou a revogação de processos de privatização de oito estatais, entre elas, os Correios.

Promessa feita no plano de governo, divulgado em 2022.

Não privatizar a Petrobras – “Opomo-nos fortemente à privatização, em curso, da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA)”, disse Lula.

Em 2 de janeiro, o presidente determinou a revogação de processos de privatização de oito estatais, entre elas, a Petrobras.

Promessa feita no plano de governo, divulgado em 2022.

Promessas ainda não cumpridas

  • Recriação do Ministério de Segurança Pública;
  • Fim do orçamento secreto e criação de um orçamento participativo;
  • Criação do programa de recuperação de aprendizagem pós-pandemia; 
  • Universalizar banda larga em todas as escolas;
  • Universalizar acessos à luz e água;
  • Nova legislação trabalhista;
  • Reforma tributária;
  • Criação do programa Desenrola Brasil para renegociar dívidas das famílias;
  • Zerar Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil;
  • Revogação do teto de gastos;
  • Acabar com o modelo de Preço de Paridade de Importação (PPI) na Petrobras;
  • Criação de uma Cúpula da Amazônia;
  • Ampliação do programa Farmácia Popular;
  • Zerar filas geradas na pandemia.

Promessas cumpridas em partes

  • Retomar o Minha Casa Minha Vida e criar novas modalidades –  O governo ainda diz que o programa ainda será aperfeiçoado e que “a localização dos empreendimentos será em áreas que tenham infraestrutura, serviços e equipamentos públicos”. Ademais, diz que estão “estudando a viabilidade de implantar a locação social”.
  • Criação do programa de atendimento a mulheres que sofreram violência – Segundo o Ministério das Mulheres, o projeto deve começar com o primeiro encontro do Fórum Nacional de Organismos de Políticas para as Mulheres, que deve acontecer nos dias 12 e 13 de abril, em Brasília. O fórum será o “mecanismo de interlocução para a implementação e integração de políticas em todos os níveis da gestão pública”. 
  • Ampliação do acesso ao ensino superior – A promessa engloba o Enem, Prouni e Fies, no entanto, até o momento, só houve aumento no número de bolsas para mestrado e doutorado concedidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que, em março de 2023, passou de 84,3 mil para 89,6 mil.
  • Quebrar sigilos de Jair Bolsonaro – No primeiro dia do governo, Lula assinou um despacho determinando a reavaliação de sigilos impostos pelos ex-presidente Jair Bolsonaro em documentos. No entanto, a Controladoria-Geral da União (CGU) decidiu por retirar o sigilo de 40 recursos de um total de 234, que segue em análise.