Brasil, 23 de novembro de 2024
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Goiás

UFG: Angelita diz que assume Reitoria, mas afirma que cargo deveria ser da professora Sandramara

Publicado em atualizado em 19/01/2022 às 14:59

A reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Angelita Pereira de Lima, concedeu a primeira entrevista após a posse, na sexta-feira (14/1), em coletiva de imprensa transmitida pelo canal da UFG no Youtube. Ao lado de Jesiel Freitas, futuro vice-reitor da Universidade, foram abordados assuntos sobre o futuro da instituição na gestão 2022-2025.

Leia abaixo trechoss da entrevista:

Escolha da reitora

Angelita voltou a afirmar que assume a função de reitora, mas defende que a nomeação deveria ser da professora Sandramara Matias, que foi a mais votada na consulta à comunidade acadêmica e era a primeira colocada da lista tríplice enviada ao Ministério da Educação. Ela defendeu um movimento no sentido da defesa da autonomia universitária para que a vontade da comunidade universitária seja respeitada em decisões futuras.

Pensou em não assumir?

“A nomeação foi ‘segurada’ pelo Ministério da Educação até que não houvesse nenhum espaço de tempo para movimentação no sentido contrário. Se negássemos a Universidade estaria em situação de instabilidade. A decisão foi individual, mas reflexo de uma decisão coletiva. Foi uma decisão administrativa, política, corajosa e que carrega em si muitos conflitos inclusive com a minha própria trajetória e os meus posicionamentos”, disse a reitora.

Desafios

Angelita disse que a superação dos problemas causados pela pandemia da covid-19 é uma grande preocupação da nova gestão: “No cotidiano da Universidade nosso principal desafio permanece o enfrentamento à covid. O Conselho Universitário, do qual eu faço parte porque estava na gestão da FIC, quando estabeleceu a data de retorno presencial, o fez pensando que as condições sanitárias poderiam realmente mudar, mas diante do quadro atual suspendemos o retorno por 14 dias. Esse é um grande desafio porque cada medida desta causa transtornos não só na Universidade, mas na vida dos estudantes”.

A nova reitora também destacou a necessidade de resgatar a confiança da Universidade na gestão devido aos últimos acontecimentos: “Precisamos garantir aquilo que foi difundido nesses últimos dois dias: a unidade da UFG em torno da defesa da sua autonomia e em torno de uma gestão que vai trabalhar de forma muito competente para garantir que toda a Universidade se sinta representada e participe desta gestão.”

Relação com posições contrárias

A reitora argumentou que a gestão deve ser para todas as pessoas da comunidade universitária com todas as suas diferenças, divergências e multiplicidades de pensamento, por isso defende o exercício do diálogo.

“Nós temos necessidade de enxergar outros pontos de vista porque isso nos ajuda a evitar a soberba. Eu tenho muita disposição ao diálogo, não acredito em resistências nocivas, somente serão nocivas sem diálogo e com ações violentas e comigo podem ter certeza que isso não vai ocorrer”.

Formação da equipe gestora

“O processo de transição já estava sendo desenvolvido, eu entrei hoje nesse processo! Vai sofrer alguma mudança? É provável que sim. Talvez na semana que vem já teremos condições de apresentar nomes e fazer as nomeações que são necessárias e urgentes, mas queremos tranquilizar a comunidade universitária porque a reitora é outra, mas os fatos da Universidade são os mesmos e os pró-reitores seguem trabalhando”.

Teletrabalho

Angelita afirmou que a relação custo-benefício terá que ser considerada ao optar-se pelo teletrabalho e precisa ser motivada para a melhoria na qualidade do atendimento, mas que esse tema ainda será muito debatido antes da tomada de decisões.

Futuro do ensino na UFG

A reitora destacou que no pós-pandemia, quando superarmos este momento, o ensino deverá incorporar as experiências positivas que a necessidade do ensino remoto proporcionou, mas que isso não significa a ausência de atividades presenciais.

“Ninguém acha que nós chegaremos a um ponto da ausência da presencialidade, ela é absolutamente necessária, uma universidade se faz com a convivência, o amadurecimento dos jovens que passam pela universidade necessita desse contato, dessa troca que é muito diferente da troca que se faz de forma remota”.

Jesiel Freitas

O futuro vice-reitor da UFG, Jesiel Freitas, ressaltou que a nova gestão terá uma preocupação especial em fortalecer e ampliar o conjunto de ações que são realizadas com a sociedade, aumentando desta forma a interação entre a UFG e a comunidade externa. Ele ainda falou sobre a intenção de aprimorar a comunicação da Universidade.

“Queremos melhorar a comunicação da UFG com a sociedade, termos uma comunicação mais integrada e integradora tanto no âmbito interno quanto externo, inclusive como forma de demonstrar e esclarecer permanentemente à população da qual a Universidade depende para sobreviver, o que nós fazemos, o que nós desempenhamos, como a UFG ajuda e contribui com o desenvolvimento econômico e social do nosso estado”, pontuou Jesiel.

Fonte: Reitoria Digital