Em entrevista exclusiva ao jornal O Hoje, o presidente do Sinpro Goiás (Sindicato dos Professores do Estado de Goiás), professor Railton Nascimento, criticou o posicionamento da prefeitura de Goiânia sobre o funcionamento das escolas. Ele observa o grave risco de contaminação dos alunos com o regime 100% presencial.
“Recebemos essa notícia do decreto com estarrecimento. Além de ignorar a proteção da comunidade escolar, seja na rede pública ou privada, o prefeito sequer fala das condições básicas de protocolos sanitários para as escolas na publicação feita. Temos a Ômicron, com uma transmissão exponencial, também a H3N2, também com uma transmissão absurda. De forma que autorizar a volta 100% presencial nas redes pública e privada não pode ser descrito de outra forma se não como irresponsabilidade”, afirmou Railton.
Para o presidente do Sinpro, mesmo que os motivos que levaram a prefeitura a manter as aulas presenciais tenham algum embasamento social, o retorno não se justifica pelo risco de vida à comunidade escolar.
“Há um discurso sobre a perspectiva social, que é a necessidade que muitas crianças pobres têm da proteção da escola, da alimentação, de proteção da violência doméstica. Porém, não se justifica trocar uma proteção por outra, e em nome da proteção social colocar as crianças em risco de vida. Ao meu ver, o apelo econômico para o retorno das aulas é o que grita mais alto”, concluiu o professor Railton.