O Comitê da Indústria de Defesa e Segurança de Goiás (Comdefesa-GO) da Fieg promoveu quinta-feira (16/02), na Casa da Indústria, reunião com representantes do Ministério da Defesa para apresentação de oportunidades de negócios com a pasta. Na oportunidade, o capitão-de-mar-e-guerra Mário Márcio Cardoso Teixeira, o coronel-aviador da reserva Hilton Grossi Silveira e o capitão-de-corveta David Ventura Cardoso detalharam o processo de cadastramento de empresas interessadas em se tornar fornecedoras de produtos às Forças Armadas.
Atualmente, somente duas indústrias goianas estão aptas a fornecer produtos para o Ministério da Defesa: a CSA, de serviços de manutenção, reparo e revisão de motores aeronáuticos; e a DFA Defense, que atua com produção de armamentos e munição. “Queremos ampliar essa participação. É um setor com enorme potencial e temos diversas indústrias que possuem produtos e serviços que são contratados pela Pasta. Precisamos é levar informação e sensibilizar o empresariado para cadastrar seu negócio junto ao Ministério da Defesa”, explicou Anastácios Dagios, presidente do Comdefesa-Fieg.
Levantamento do Comdefesa mostra que o mercado de defesa e segurança movimenta no Brasil cerca de R$ 7,7 bilhões ao ano. Além de localização competitiva, Goiás conta com três projetos estratégicos das Forças Armadas, em Anápolis, no Centro Goiano, e Formosa, no Entorno do Distrito Federal. Dentre os setores com mais oportunidades de negócio, considerando a vocação da indústria instalada no Estado, estão alimentos, eletrônicos, infraestrutura, química, software, roupas, calçados e medicamentos.
“Uma das coisas que mais me surpreende no setor de defesa e segurança é a empregabilidade de pessoas altamente qualificadas. A consolidação de um polo em Goiás impacta toda a cadeia, aumentando o poder aquisitivo e o desenvolvimento econômico e social de municípios”, sustentou Anastácios, ao defender que Goiás tem os pilares necessários para essa mobilização. “Nós temos tudo para criar esse polo. Temos mão de obra qualificada, universidades, área para atrair novos investimentos. Precisamos é de vontade política, com incentivos para a indústria que se enquadra no setor”, afirmou.
A reunião do Comdefesa-GO com representantes do Ministério da Defesa foi acompanhada pelos presidentes do Sindicato das Empresas de Extração de Areia do Estado de Goiás (Sindareia), Luiz Carlos Borges; e da Câmara da Indústria da Construção (CIC) da Fieg, Sarkis Nabi Curi; pelo diretor da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia), Álvaro Dantas; e pelo assessor executivo do Comdefesa-GO, Baltazar Santos.