
Conhecido pela falta de palavra e comportamento ambíguo no cenário política, o senador Vanderlan Cardoso (PSD) não resistiu ao cheiro da brilhantina e voltou a trair: na disputa pela presidência do Senado, ele renegou o bolsonarismo, ao qual se dizia fiel, e se alinhou a Rodrigo Pacheco, candidato apoiado pelo presidente Lula.
O voto de Vanderlan era dado como certo pelos apoiadores do bolsonarista Rogério Marinho, mas ele migrou sorrateiramente para a base governista e, de quebra, ainda ganhou na barganha o comando Comissão de Assuntos Econômicos.
Vanderlan já passou por quase uma dezena de partidos e deixou um rastro de traição por onde passou. A última delas ocorreu com o governador Ronaldo Caiado, que o apoiou para prefeito de Goiânia e tinha recebido do senador a promessa de retribuição na campanha pela reeleição, o que não aconteceu.
Agora, ele abandona o barco de Bolsonaro depois de passar os derradeiros quatro anos jurando amor eterno ao ex-presidente, que o premiou com generosas verbas na Codevasf.
Vanderlan segue sendo Vanderlan.