Brasil, 20 de setembro de 2024
Siga Nossas Redes
Goiânia

De candidato a presidente da Câmara dos Deputados a secretário de Rogério Cruz: o ocaso político de Jovair

Publicado em atualizado em 01/02/2023 às 14:41

O ex-deputado federal Jovair Arantes, hoje filiado ao Republicanos, foi tudo o que é possível numa carreira política de sucesso. 

Começou como vereador em Goiânia e ocupou cargos importantes na capital, como secretário municipal de Saúde, presidente da Comurg e vice-prefeito na gestão de Darci Accorsi. 

Em seguida alçou voo estadual ao se tornar deputado estadual e ser um dos principais apoiadores de Marconi Perillo na histórica campanha que derrotou Iris Rezende em 1998. 

Da Assembleia Legislativa para a Câmara dos Deputados foi um passo e logo Jovair desembarcava na liderança do PTB, integrando o alto clero do Congresso Nacional. 

Foram quatro mandatos sucessivos, com destaque para o último, marcado pela relatoria do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e pela candidatura a presidente da Câmara, com apoio aberto de Eduardo Cunha, o todo-poderoso do Congresso Nacional de então.

Mas, daí em diante, as coisas começaram a dar errado para Jovair. Não conseguiu se reeleger deputado federal em 2018, o que se repetiu em 2022, quando se aventurou a uma candidatura pelo Republicanos e obteve minguados 35 mil votos.

Ao beijar a lona da política, cujo infortúnio dividiu com próprio filho Henrique, também derrotado na reeleição para deputado estadual, Jovair reaparece agora em cena para possivelmente escrever o derradeiro capítulo de sua biografia. Pior: como uma caricatura política no papel de secretário de Governo do desastrado prefeito de Goiânia, Rogério Cruz.

Triste fim o do ex-deputado federal, agora dedicado a cumprir agenda de reuniões para atender as demandas miúdas de vereadores, como nomear porteiras de escolas municipais, aparar o mato de praças abandonadas ou trocar lâmpadas de ruas da periferia da cidade.

Tudo, claro, sob a supervisão de um prefeito que carrega a marca da ilegitimidade e da incompetência, cuja gestão é dominada por nulidades como Michel Magul, José Firmino e Denes Pereira.

Decadência total.