
Depois de apoiar no segundo turno a reeleição de Jair Bolsonaro, de quem nunca escondeu afinidades ideológicas, o governador Ronaldo Caiado recorreu ao pragmatismo político para criar pontes e se aproximar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ainda se recuperando de uma delicada cirurgia cardíaca, Caiado faz o que pode para agradar o novo governo. Ele não somente se apressou em condenar os atos antidemocráticos, como ofereceu enviar contingente policial para reforçar a segurança do Distrito Federal e ofereceu ao novo governo federal 270 vagas em presídios goianos para trancafiar golpistas. E mais: disparou críticas abertas a Bolsonaro, acusando-o de incentivar o golpismo.
Caiado também teria dado carta branca para o vice-governador Daniel Vilela, que tem trânsito em Brasília, abrir canais de comunicação com o governo petista e até mesmo marcar uma audiência com Lula.
Lembre-se que o governador goiano sempre bateu duro e foi um oponente visceral de Lula e do PT, mas agora se rende a um certo maneirismo político para aparar arestas e cair nas graças do Palácio do Planalto.