Brasil, 20 de setembro de 2024
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Goiânia

Fragilizado e sem rumo, Rogério Cruz caminha para a ‘crivellização’ na prefeitura

Publicado em atualizado em 04/01/2023 às 12:08

O ano de 2023 não começa com perspectivas positivas para o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz. Pelo contrário: Cruz entra no terceiro ano de mandato fragilizado pela baixa popularidade, falta de apoio político e com a corda do impeachment colocada em seu pescoço pela Câmara de Vereadores. 

Para complicar ainda mais, o prefeito faz uma gestão pífia e marcada por denúncias de corrupção, especialmente na Comurg. O gestor municipal carrega o peso da desconfiança de ilegitimidade, ao que se acrescenta o rótulo da incompetência por não conseguir concluir e entregar as obras em andamento avançado deixadas pelo ex-prefeito Iris Rezende.

Lembre-se que Cruz sequer conseguiu eleger a primeira-dama Thelma Cruz a uma cadeira na Assembleia Legislativa, numa demonstração de fraqueza que impactou negativamente a imagem do prefeito. A minguada votação foi um vexame que prenuncia o calvário político do mandatário de Goiânia.

Cruz caminha a passos largos para se transformar numa versão arroz com pequi de Marcelo Crivella, o sobrinho do bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), que saiu escorraçado da prefeitura do Rio de Janeiro. 

A coincidência também se acentua porque o prefeito de Goiânia também é da Iurd e até há bem pouco tempo era monitorado com mão de ferro por gente ligada a Edir Macedo no Distrito Federal, cujo grupo era comandado por Wanderley Tavares e Arthur Bernardes.

A “crivellização” de Cruz parece inexorável, tanto que já se admite em seu círculo próximo o desembarque no União Brasil e uma candidatura a deputado distrital em Brasília. Seria uma maneira de fugir do destino que se desenha com cores fortes para o futuro próximo. Isso, claro, sem se considerar a hipótese de um eventuial impeachment.

De qualquer modo, o que salta aos olhos é que Cruz é hoje um prefeito impopular e sem força, refém da Câmara de Vereadores, sem comunicação com a cidade e, acima de tudo, praticamente inviabilizado para um projeto de reeleição.

Pior, impossível.