
O governo Caiado 2 foi inaugurado com um discurso longo e repetitivo na solenidade de posse na Assembleia Legislativa. O pronunciamento lembrou as velhas performances do finado ditador cubano Fidel Castro, que perorava horas a fio em cerimônias na Praça da Revolução, em Havana.
Por transmissão remota, uma vez que permanece em São Paulo por recomendação médica depois de se submeter a cirurgia cardíaca, Caiada não ficou nada a dever a Fidell: falou por mais de 2 horas e cansou a plateia com uma verborragia sem qualquer novidade.
O governador goiano não disse nada do que fará daqui para frente e mais uma vez deu asas a uma já gasta bateria de críticas ao ex-governador Marconi Perillo, como se ele, Caiado, não estivesse à frente do governo há quatro anos e não devesse prestar contas de sua gestão.
Em meio a bocejos e sonecas furtivas, deputados e convidados não tiveram outro recurso diante do exagero oratório de Caiado a não ser buscar distração nos telefones celulares para matar o tempo.
Tanto é verdade que foto publicada na edição desta segunda-feira (2) do Popular registra o enfado dos integrantes da mesa, à frente o presidente da Assembleia, Lissauer Vieira, e o vice-governador Daniel Vilela, com a chatice do interminável discurso do mandatário.
A fala vazia e cansativa de Caiado é um mau sinal para um governo que, com mais do mesmo, começa como se já estivesse terminando.