O MDB caiu na real e teme que o governador Ronaldo Caiado(UB) imponha ao vice-governador emedebista diplomado Daniel Vilela um processo de “tejotização” política. “Tejotizar” significaria dispensar a Daniel o mesmo tratamento que o ex-vice-governador, Lincoln Tejota, o Tejotinha, recebeu de Caiado. Ou seja, ser tratado com desdém e não ter espaço político e administrativo na gestão estadual.
Tejotinha, além de não emplacar nenhum nome no primeiro escalão do governo, saiu desmoralizado do mandato de vice-governador por não ter sentado sequer um dia na cadeira de primeiro mandatário estadual e também por ter sido preterido sem qualquer cerimônio na composição da chapa de reeleição de Caiado.
Daniel tem muito mais consistência política do que Tejotinha, mas há sinais claros de isolamento político, que passaram a preocupar o MDB. Um deles foi a indicação o novo titular da Goinfra, cargo que o partido tinha interesse em ocupar e possuía nome de peso para indicar, como os ex-deputados federais Pedro Chaves e Lenadro Vilela .
Mas não é só isso: em vez de indicar o vice-governador para o grupo de transição para o novo governo, como, de resto, Lula fez ao convocar a Alckmin, Caiado deixou o emedebista na mão e nomeou para o primo Adriano Rocha Lima, secretário-geral da governadoria, para conduzir os trabalhos. Uma descortesia recheada de simbolismo político.
Tudo isso, em suma, deixou o MDB com as orelhas em pé. Será que Daniel terá o mesmo fim de Tejotinha no segundo mandato de Caiado?
As apostas estão abertas.