Crise: inabilidade de José Firmino azeda relações entre vereadores e prefeito

A mais nova crise entre a Câmara de Vereadores e a Prefeitura de Goiânia tem nome e endereço: José Firmino, chefe de gabinete do prefeito Rogério Cruz. Firmino, que não pede reserva quando diz que é o auxiliar que mais influencia Cruz, a ponto de conversar em nome do prefeito com políticos da estatura do ex-governador Marconi Perillo, agora extrapolou e comprou briga com o todo-poderoso presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo.

Com o prefeito na corda bamba devido à sua fragilidade política – não conseguiu sequer eleger a primeira-dama Telma Cruz para a Assembleia Legislativa e perdeu apoio do grupo brasiliense do Republicanos -, tudo que o Paço Municpal não precisa neste momento é de um confronto com a Câmara, que poderia resultar num processo de impeachment.

O estopim da rusga foi a indicação da coordenação-geral do Distrito Sanitário da Região Noroeste, cargo que é controlado por Policarpo. Firmino teria tentado passar a perna no presidente da Câmara, negociando o cargo com opositores dele, mas a jogada foi descoberta e o caldo entornou. A inabilidade do chefe de gabinete levantou a poeira entre os vereadores e um grande volume de reclamações contra Firmino sacudiu o Paço Municipal.

Resumo da ópera: com a cabeça colocada a prêmio pela turma de Policarpo, Firmino passou a ser nova bola da vez na prefeitura. A pergunta que fica no ar: o prefeito estaria por trás das manobras do íntimo chefe de gabinete?

Para conferir.