
Na cerimônia de diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), semana passada, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu perdão por não ter autorizado Lula a ir ao velório do irmão na época em que o petista estava preso em Curitiba.
Genival Inácio da Silva, o Vavá, morreu em janeiro de 2019, vítima de câncer. O agora presidente pediu autorização da Justiça para se reunir à família após o falecimento de Vavá, mas tanto os juízes de primeiro grau, quanto o STF negaram.
Toffoli somente concedeu o direito de Lula se encontrar com a família em uma unidade militar em São Paulo, com a possibilidade de o corpo de Vavá ser levado até ele. Mas Lula recusou e guardou profunda mágoa.
“O senhor tinha direito de ir ao velório”, disse Toffoli. “Me sinto mal com aquela decisão, e queria dormir nesta noite com o seu perdão”.
Lula bateu na mão de Toffoli e disse para ele ficar tranquilo que depois os dois poderiam conversar de maneira reservada.