Maurício Sampaio: veja os próximos passos do julgamento, que começa nesta segunda (7)

Dez anos depois do crime que tirou a vida do jornalista Valério Luiz em frente à rádio em que ele trabalhava, em Goiânia, os acusados de participação no homicídio sentam-se no banco dos réus nesta segunda-feira (7). O mais conhecido deles é o ex-cartorário e ex-dirigente do Atlético Goianiense Maurício Sampaio.

É um julgamento que mobiliza a opinião pública e que é marcado por reviravoltas, polêmicas e trocas de acusações. Sampaio questiona, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a imparcialidade do juiz Lourival Machado. Segundo ele, Lourival teve desentendimento com ele muitos anos atrás, em um assunto relacionado ao cartório que Sampaio dirigia, e por isso seria suspeito para dirigir o processo.

Foram quatro adiamentos. No último, um dos jurados deixou o confinamento ao qual era obrigado a se submeter em função de um suposto problema de saúde. Isso obrigou o judiciário a suspender o júri e sortear outra vez os jurados. A acusação disse que era uma clara intervenção da defesa dos réus para procrastinar o desfecho do caso.

A previsão é a de que o julgamento desta semana dure três dias. Nos dois primeiros, serão ouvidas 24 testemunhas. Em seguida, os cinco acusados serão interrogados. A última etapa é o debate entre defesa e acusação, que deve durar nove horas.

Sampaio é acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista, no dia 5 de julho de 2012. Também são réus Urbano de Carvalho Malta (acusado de contratar o policial militar Ademá Figueiredo para cometer o homicídio), Ademá Figueiredo Aguiar (apontado como autor dos disparos que mataram Valério), Marcus Vinícius Pereira Xavier (que teria ajudado os demais a planejar o homicídio do radialista) e Djalma Gomes da Silva (que teria ajudado no planejamento do assassinato e também atrapalhado as investigações).