Acontece nessa quarta-feira (26), em São Paulo, uma reunião que pode mexer de forma significativa com o cenário político de Goiás. Dirigentes nacionais do PTB e do Patriota tentarão dar um passo a mais no processo de fusão, já que nenhum dos dois atingiu a cláusula de barreira na eleição deste ano. Caso a fusão se concretrize, correm risco de ficar sem partido o ex-secretário da Fazenda Jorcelino Braga e o ex-prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha.
Mendanha disputou eleição para governador neste ano filiado ao Patriota, que é presidido por Braga em Goiás. O plano dos dois era o de alçar o ex-prefeito, no mínimo, ao segundo turno da disputa com Ronaldo Caiado (UB), mas isso não aconteceu. Com um desempenho medíocre, Mendanha saiu do processo eleitoral do que quando entrou.
O partido que eventualmente será formado pela fusão terá, em Goiás, uma mistura de DNA governista com DNA de oposição, uma vez que o PTB hoje é da base de Caiado. Ocorre que Mendanha ficará pelo menos quatro anos sem ser candidato, uma vez que ele foi reeleito para o cargo de prefeito em 2020. Isso significa ficar longe do poder pelo menos até 2026. É improvável que os dirigentes da nova legenda queiram se entrincheirar na oposição a Caiado durante tanto tempo.
Principalmente porque, do outro lado, há um vice-governador muito jovem e com real perspectiva de se eleger em 2026, com a força da máquina: Daniel Vilela.