Deputados federais que tentam se eleger a algum cargo neste ano tiveram ganhos patrimoniais milionários, apontam dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2018 e 2022. Um deles o deputado goiano José Nelto (PP), passou de R$ 7,8 milhões para R$ 48,5 milhões, uma variação de mais de 500%. A matéria foi publicada no site G1, da Globo.
Outros parlamentares registraram perdas, em alguns casos milionárias. O número de deputados que dizem ter perdido patrimônio no período é de 139, equivalente a 30% dos congressistas eleitos em 2018 que tentam a reeleição.
Os dados de 2018 não foram corrigidos pela inflação, uma vez que parte relevante dos patrimônios é em propriedades, que não têm o valor reajustado nas declarações.
Especialista em direito eleitoral, o advogado Flávio Henrique Costa Pereira ressalta que uma evolução patrimonial elevada não é, necessariamente, indício de crime, uma vez que os parlamentares podem ter outros negócios, como serem sócios de empresas.
O maior crescimento absoluto de patrimônio é do deputado José Nelto (PP-GO). Foi ele quem registrou R$ 7,8 milhões em 2018 e R$ 48,5 milhões neste ano.
Na eleição passada, o congressista goiano declarou 4 casas, um terreno, um apartamento e um prédio comercial. A maior parte do patrimônio de Nelto, no entanto, advinha de aplicações em renda fixa: R$ 6,4 milhões.
Agora, só em patrimônio físico, Nelto declarou 4 casas, 4 terrenos, 2 galpões, 1 prédio comercial e 2 terras nuas. Ele também disse ter aplicações financeiras, investimentos e quotas em empresas. A aplicação em renda fixa caiu para pouco mais de R$ 3 milhões.
Questionado sobre a evolução patrimonial, Nelto afirmou que é sócio de 10 empresas imobiliárias, com rendimento de R$ 400 mil a R$ 500 mil mensais — as empresas foram declaradas ao TSE.
Além disso, o parlamentar afirmou que comprou uma propriedade parcelada em 5 anos, no valor de R$ 32,8 milhões, mas só pagou R$ 15 milhões até o momento. “Eu tenho que ganhar R$ 18 milhões daqui pra frente pra pagar a fazenda”, explicou.
Nelto disse ainda que poderia ter feito uma holding para não declarar os bens no CPF, como, segundo ele, fazem outros parlamentares. “Tem 500 parlamentares que têm mais bens que eu, que ganharam mil vezes mais que eu, mas fizeram holdings”, comentou, sem citar nomes.
Ele disse ainda que “paga para ser deputado” já que “todo dinheiro que eu ganho eu tenho que distribuir para 150 municípios, porque você tem que pagar um médico, uma consulta, é uma cadeira de roda que o cidadão quer”.
Outros deputados que tiveram grandes aumentos absolutos de patrimônio são Hercílio Coelho Diniz (MDB-MG), que passou de R$ 38,8 milhões para R$ 65,9 milhões; Misael Varella (PSD-MG), que foi de R$ 20,1 milhões para R$ 43 milhões; Josimar Maranhãozinho (PL-MA), que tinha R$ 14,6 milhões e agora tem R$ 25,5 milhões; e Soraya Manato (PTB-ES), que passou de R$ 5,2 milhões para R$ 15,7 milhões.
Além disso, o parlamentar afirmou que comprou uma propriedade parcelada em 5 anos, no valor de R$ 32,8 milhões, mas só pagou R$ 15 milhões até o momento. “Eu tenho que ganhar R$ 18 milhões daqui pra frente pra pagar a fazenda”, explicou.
Nelto disse ainda que poderia ter feito uma holding para não declarar os bens no CPF, como, segundo ele, fazem outros parlamentares. “Tem 500 parlamentares que têm mais bens que eu, que ganharam mil vezes mais que eu, mas fizeram holdings”, comentou, sem citar nomes.
Ele disse ainda que “paga para ser deputado” já que “todo dinheiro que eu ganho eu tenho que distribuir para 150 municípios, porque você tem que pagar um médico, uma consulta, é uma cadeira de roda que o cidadão quer”.
Outros deputados que tiveram grandes aumentos absolutos de patrimônio são Hercílio Coelho Diniz (MDB-MG), que passou de R$ 38,8 milhões para R$ 65,9 milhões; Misael Varella (PSD-MG), que foi de R$ 20,1 milhões para R$ 43 milhões; Josimar Maranhãozinho (PL-MA), que tinha R$ 14,6 milhões e agora tem R$ 25,5 milhões; e Soraya Manato (PTB-ES), que passou de R$ 5,2 milhões para R$ 15,7 milhões.