“Precisamos dar outro Grito do Ipiranga para retomar os trilhos da história e recolocar no rumo certo a nossa indústria, um dos setores econômicos que mais cria emprego e renda, que mais contribui com impostos, mais gera tecnologia e inovação. É imperioso nos tornar verdadeiramente independentes agregando valor à nossa produção, assim livres dos humores do mercado mundial.
A reflexão foi feita pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e dos Conselhos Regionais do Sesi e Senai, Sandro Mabel, em mensagem alusiva ao 7 de Setembro, que marca a comemoração dos 200 anos da Independência do Brasil. Em missão prospectiva que lidera em Israel, até 13 de setembro, ele gravou vídeo (assista aqui > https://www.youtube.com/watch?v=hqOBTvEoWg8) em que voltou a defender políticas públicas de incentivo ao setor produtivo, sobretudo a industrialização, em solo goiano, de matérias-primas, como a soja, invariavelmente protagonista o crescimento da balança comercial goiana, e a verticalização da produção mineral.
“Politicamente – observou –, nossa autonomia não se discute; ela é completa. No entanto, na economia, ainda precisamos avançar muito e deixar de ser um país que se posiciona no mercado global destacadamente como exportador de matérias-primas e minerais e importador de produtos industrializados. Essa é nossa grande bandeira aqui em Goiás, à frente da Fieg, do Sesi, do Senai e do IEL, enfim, de todo o Sistema Indústria goiano.
O dirigente da indústria goiana ressaltou que “só exportando commodities, nunca seremos de fato independentes, fortes e autônomos. A realidade hoje impõe essa reflexão: o País vem progressivamente se desindustrializando desde a década de 1980. A indústria respondia por 48% do Produto Interno Bruto (PIB) em 1985. Hoje, corresponde a aproximadamente 20%”, disse.
Sandro Mabel ainda destacou os esforços do Sistema Fieg para ajudar as empresas nesse momento de pós-pandemia, com mais qualificação profissional, linhas de crédito, programas de tecnologia e inovação, consultorias em diversas áreas, especialmente buscando potencializar os investimentos em educação, reservando mais de meio bilhão de reais para ampliar e modernizar a rede de ensino no Estado. “Tudo isso para elevar a produtividade e a competitividade de nossas indústrias e ingressar de fato na Indústria 4.0”, disse o presidente da Fieg.