Brasil, 06 de outubro de 2024
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Economia

Crise preocupa, mas Brasil tem potencial para superação, diz Caio Megale em Goiânia

Publicado em atualizado em 11/08/2022 às 14:03

Enxergar melhor o futuro dos negócios e as perspectivas de desenvolvimento socioeconômico. Assim, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, definiu a importância do Painel Cenário Econômico do Brasil em 2022, com palestra do economista chefe da XP Investimentos, Caio Megale, realizado na segunda-feira (08), no Teatro Sesc Cidadania.

Convidado pelo Fórum de Entidades Empresariais de Goiás para abrir série de eventos programados para o segundo semestre, em meio ao momento de campanha e eleição no Brasil, Megale traçou um quadro preocupante do contexto global, como resquício da crise pós-pandemia, mas disse acreditar na superação das dificuldades e, consequentemente, na volta do crescimento.

“É muito importante para nós empresários, e para a sociedade no geral, ouvir uma pessoa que entende do cenário econômico nacional, ele que vive cada minuto do dia recebendo informações de como está o mercado. E quando o Fórum traz um profissional com toda essa experiência, é para nos auxiliar a enxergar melhor o futuro dos negócios”, ressaltou Sandro Mabel.

Também presente no painel, o vice-presidente da Fieg André Rocha observou que o cenário econômico sempre é preocupante. “No âmbito da Federação, nós temos conversado com os 35 sindicatos que compõem nossa base sobre os pontos que nos preocupam no presente, mas sobretudo aquilo que a gente precisa no futuro do Brasil”. Para André Rocha, as análises apresentadas pelo economista Caio Megale ajudam na reflexão das entidades sobre o que será preciso direcionar em suas atividades futuras e tentar extrair dos candidatos um compromisso com o setor produtivo, para que, segundo ele, os próximos anos sejam menos difíceis e com menos desafios no setor econômico.

O economista e chefe da XP Investimentos, Caio Megale, disse que o Brasil está inserido no contexto global de transformações e incertezas, e que o mundo ainda vive os sintomas da pandemia, com inflação alta, volatilidade dos mercados, juros em alta, e que provavelmente, vai significar uma recessão global no segundo semestre, ou no ano que vem.“Por outro lado, o Brasil tem suas fortalezas, tem o mercado interno muito forte. O setor de commodities agrícolas e mineração se beneficiam desse ambiente global em que a demanda por esses produtos está muito forte. Também o Brasil fez reformas importantes nos últimos anos, a reforma trabalhista, a reforma da previdência, a desalavancagem dos bancos públicos, que permitiu o crescimento do mercado financeiro e de crédito. Se nós mantivermos o foco em trazer a inflação para baixo, equilibrar as contas públicas e fazer as reformas que ainda faltam, a reforma tributária, a reforma administrativa, eu acho que o Brasil tem todas as condições de voltar a crescer e sair desse momento de incerteza que o mundo inteiro vive”, completou.

Sobre as eleições, o economista salientou que o importante, do ponto de vista do cenário econômico, é uma agenda que possa trazer estabilidade de curto prazo e foco nas reformas. “Muito mais importante que esta ou aquela candidatura, é qual vai ser a agenda de reformas e equilíbrio econômico que a gente vai assistir no próximo mandato presidencial”, pontuou.

Também do Sistema Indústria, participaram do painel econômico os presidentes do Sinduscon Goiás, Cézar Mortari, da Câmara Setorial da Indústria da Construção, Sarkis Nabi Curi, o superintendente da Fieg, Lenner Rocha, além de assessores executivos da Federação.

O encontro contou com presença da secretária de Estado da Economia de Goiás, Cristiane Schmidt, dos presidentes da Fecomércio GO, Marcelo Baiocchi; da Adial, José Garrote; da Facieg, Sebastião Vieira Sobrinho; da Acieg, Rubens Filetti; da OCB-GO, Luís Alberto Pereira, além do vice-presidente da Faeg Eduardo Veras, do diretor superintendente do Sebrae, Antônio Carlos de Souza, de diretores executivos das entidades, equipe técnica e profissionais do setor.